O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou ontem (30.12)
que vai assinar uma medida provisória para aumentar o salário mínimo para R$
1.100 a partir do dia 1º de janeiro de 2021. Trata-se de um aumento de 5,26% em
comparação com os atuais R$ 1.045.
A previsão anterior do governo era a de elevar o valor do
mínimo para R$ 1.088, como foi proposto ao Congresso e aprovado na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). O valor leva em conta apenas a projeção do
Ministério da Economia para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de
2020, de 4,11%. Ou seja, o mínimo subiria apenas para repor a inflação, sem
aumento real.
“[...] O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do
setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões", disse
o presidente em uma rede social.
- O valor de R$ 1.100,00 se refere ao salário mínimo nacional. O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 30, 2020
Em audiência no Congresso Nacional Paulo Guedes disse que: "Hoje, se você der um aumento de salário mínimo, milhares e talvez milhões de pessoas serão demitidas. Estamos no meio de uma crise terrível de emprego. Dar aumento de salário é condenar as pessoas ao desemprego”.
Aumento real acabou
no ano passado
De 2007 a 2019, a lei garantia que o salário mínimo tivesse
aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico,
dentro da política de valorização do salário mínimo das gestões petistas. Essa
fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais o resultado do PIB (Produto
Interno Bruto) de dois anos antes. Sem essa lei, o salário mínimo foi
reajustado apenas pela inflação em 2020, para não perder valor, como determina
a Constituição.
Fonte: Uol Economia

Comentários
Postar um comentário