Na segunda (21.09), no julgamento do dissídio da categoria,
o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou reajuste salarial de 2,6%. O
julgamento, que foi interrompido por problemas técnicos na internet dos
participantes, definiu também que a greve não foi abusiva. A decisão
significa que metade dos dias da greve, que começou em 17 de agosto, será descontada
do salário dos funcionários, enquanto a outra metade será compensada. Caso a
paralisação fosse vista como abusiva, o desconto seria de 100% das horas não
trabalhadas.
Após esta decisão, o sindicato chegou a orientar a categoria
a permanecer em greve. No entanto, no comunicado divulgado pela
entidade, uma nova mobilização dos funcionários será direcionada para impedir a
privatização dos Correios.
Se os colaboradores não retornassem ao trabalho, a categoria
poderia receber uma multa de R$ 100 mil por dia.
Entre as solicitações dos funcionários, a principal envolve
a manutenção de um acordo coletivo assinado em 2019, mas previsto para valer no
ano que vem, e que foi suspenso pela estatal na pandemia. Esse pacote de
benefícios e direitos incluía auxílio-creche, licença-maternidade de 180 dias e
adicional de serviço noturno.
Volta ao trabalho
Desde ontem (23.09), os trabalhadores dos Correios iniciarão
os mutirões para normalizar o fluxo de entregas de encomendas e cartas na Bahia.
Os mutirões é uma forma de compensar as horas não
trabalhadas, enquanto a categoria fazia greve. As ações serão feitas com os
empregados das áreas administrativa e operacional.
A recomendação é que os clientes esperem a chegada das
encomendas e evitem procurar as agências, para evitar aglomerações. As
postagens com hora marcada permanecem temporariamente suspensas – medida em
vigor desde o anúncio da pandemia.

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